18 de outubro de 2018

Conheça alguns costumes bizarros que nossos antepassados tinham

No mundo o conceito do que é "normal" sempre evolui, por exemplo: hoje ser gay é muito mais aceito do que era na década de 70, mas o contrário também acontece, ao invés de ficar mais normal com o passar do tempo, esses costumes aqui só ficaram mais estranhos.
Conheça alguns costumes bizarros que nossos antepassados tinham e descubra mais sobre como eles viviam.

Domínio público
Quantas vezes você dorme por dia? Provavelmente uma não é? Mas nossos antepassados não faziam isso. Durante os tempos medievais (476 d.C) até lá em 1800, as pessoas costumavam dormir duas vezes à noite.
Muito antes da energia elétrica ser inventada, nossos antepassados tinham de ir dormir quando o Sol estava se pondo, mas fazer isso significava dormir por muito tempo, então, por volta da meia-noite, eles acordavam e continuavam o seu dia, eles rezavam, liam, visitavam seus vizinhos, faziam sexo, fumavam ou passavam algum tempo em silêncio com a família por algumas horas antes de finalmente voltar a dormir até o amanhecer.
Lá pelos anos de 1800 em diante essa prática começou a morrer de pouquinho em pouquinho e em 1900 ela foi completamente abandonada.

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Esse costume hoje com certeza seria muito, mas muito criticado, antigamente meninos usavam vestidos! E isso era normal. A prática durou do século XVI até aproximadamente 1920.
Devido ao alto custo do trabalho de confecção de roupas infantis, era costume que os mais jovens de quatro anos usassem vestidos. Desta forma, a criança poderia crescer usando o vestido sem a necessidade de roupas novas, porque ele era muito mais largo do que calças e camisas. Outro motivo é que era muito mais fácil trocar as fraldas deles desse jeito. Quando o garoto finalmente passava a usar roupas de "homem" eles realizavam uma cerimônia chamada breeching.

Metropolitan Museum of Art, CC0, via Wikimedia Commons
Você sabe o que diabos são chopines? Provavelmente não, já que nós não usamos mais eles. Eles eram sapatos de plataforma usados do século XV ao XVII. Eles tinham até 50 cm de altura e eram usados para evitar que os vestidos se arrastassem na lama ou água da chuva.
Eles eram tão populares que leis foram criadas para regular a sua altura, eles deveriam ter no máximo 7 centímetros, mas todo mundo ignorava a lei.

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Quando se trata de medicina antiga tudo era bizarro, mas as sanguessugas ainda estão quase no topo da lista.
Basicamente antigamente eles achavam que tudo podia ser resolvido com a retirada do que eles chamava de "excesso de sangue". Está com dor de cabeça? Sangre sua cabeça. Está com dor no braço? Sangre o seu braço. No fim eles passaram a usar sanguessugas, animais que tiram o sangue da pessoa naturalmente.

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Outra cura milagrosa dos nossos antepassados era a lobotomia, se a pessoa tivesse problemas mentais (principalmente esquizofrenia), eles achavam que furar a cabeça dela ia resolver, claro que eles só ficavam piores, mesmo assim o tratamento foi usado durante um longo tempo.

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Hoje em dia você tem a descarga, mas e antes? Bom antes era só jogar pela janela, com pessoas em baixo ou não!
Antes da invenção da privada nós tínhamos penicos para os ricos e baldes para os pobres, e como não existia esgoto, quando o balde enchesse eles o jogavam na rua mesmo.

Domínio público/Picryl
Como se isso não bastasse eles também não tomavam banho regularmente, eles costumavam se banhar uma vez por semana, por mês ou até por ano!
Quem se banhava uma vez por semana era considerado excêntrico, eles costumavam apenas lavar o rosto e as mãos e usar muito perfume, lavar o cabelo nem pensar, eles usavam aquelas perucas brancas porque piolhos eram comuns antigamente.
O motivo de tudo isso é que eles achavam que a água carregava doenças, o que sendo honesto não era uma mentira. As coisas porém melhoraram na idade média quando as pessoas passaram a notar que banhos faziam bem a saúde.

Wellcome Images, CC BY 4.0, via Wikimedia Commons
O único jeito dessas pessoas se banharam era em outro costume que hoje seria bizarro, os banhos públicos. Basicamente as pessoas se reuniam nesses lugares mais para se socializar do que realmente se banhar, mas fazer o quê? Já era melhor do que nada né?

oakenroadCC BY 2.0, via Wikimedia Commons
Que tal tirar uma foto com seu amigo morto? Essas eram os fotos post-mortem. Essa tradição pode ter surgido no período vitoriano, as pessoas tiravam uma foto do morto para ter uma lembrancinha dele depois do corpo ser enterrado ou cremado.

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Hoje drogas como heroína e cocaína são ilegais, mas antigamente elas eram consideradas normais, e até usadas como remédio. Há cerca de 100 anos atrás a heroína, por exemplo, era vendida como uma alternativa "mais segura e suave à morfina" e era vendida nas lojas como um simples remédio para tosse. Muitas vezes foi prescrita até mesmo para crianças.
Os produtos não foram proibidos até 1924, quando se descobriu que a heroína é convertida em morfina uma vez no fígado. Os alemães, no entanto, usaram até 1974.
Para se ter uma ideia do quão normal era esse comportamento até mesmo o detetive Sherlock Holmes usava essas drogas em seus contos.

Dickson. Herdemerten ( Hannibal21 ),CC BY 3.0, via Wikimedia Commons
Esse não era tanto um costume quanto uma necessidade, antes da invenção do milagroso papel higiênico as pessoas tiram de se virar com o que tinham, de folhas de plantas até galhos com esponjas. Mas os gregos preferiam usar pedras lisas para se limpar. Confortável com certeza não era.

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Por muito tempo fumar era nada mais do que um costume. Eles fumavam em hospitais, em escolas e em aviões. Muitos achavam que cigarros faziam bem a pessoa, ele deveria aquecer o corpo e eliminar bactérias. Claro que tudo que eles ganhavam era câncer, mas isso não impedia enfermeiras de oferecerem cigarros aos pacientes, algo que era encorajado pelos anúncios publicitários da época.

Travus, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons
E falando em câncer, no século XIX muitos achavam que a radioatividade era algo bom, por isso muitos produtos de beleza eram radioativos, e isso era normal.
Um dos elementos químicos radioativos mais comuns usado naquela época era o rádio, que também era usado em bebidas energéticas como a Radithor, que, de maneira bem literal, deixava as pessoas sem mandíbulas após algum tempo.

Calvin Smith, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons. Imagem cortada
Hoje nós escovamos, passamos fio dental e até mesmo nos esforçamos para clarear os dentes, mas na Inglaterra dos séculos XVI e XVII, no entanto, uma moda nasceu da falta de higiene dental. 
Naquela época, o açúcar era muito caro porque era importado para o país. Portanto, somente os elisabetanos da classe alta podiam pagar por isso. O uso excessivo da mercadoria apodrecia os dentes, tanto que a Rainha Elizabeth perdeu muitos dentes por causa de seu amor por doces, e as pessoas mal conseguiam entendê-la quando ela falava.
Os poucos dentes restantes em sua boca eram negros e decaídos. As pessoas começaram a ver os dentes negros como um símbolo de status social, e um novo costume nasceu. As pessoas cujos dentes não eram negros o suficiente aplicavam cosméticos e usavam carvão para escurecê-los. Inclusive esse costume ainda é comum em certos lugares do mundo.
Mas, apesar da falta de cuidados com a higiene dental, os elizabetanos faziam de tudo para evitar o mau hálito. Talvez porque as pessoas acreditavam que a peste poderia ser contatada a partir do mau hálito daqueles ao seu redor. Eles usavam vinagre, sementes de anis e outras ervas semelhantes para limpar a boca e evitar o mau cheiro.

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