13 de dezembro de 2023

Fatos sobre a depressão que você tem de saber

A depressão pode afetar qualquer um a qualquer momento, independente de sua idade, gênero, tipo físico e grupo étnico. Antigamente poucos levavam essa doença a sério, mas hoje sabemos que ela pode levar à morte se não for tratada.
Abaixo você vai ler alguns fatos que todo mundo deveria saber sobre a depressão, afinal, você nunca sabe quando você ou um ente querido pode começar a sofrer dela.

Foto de Stormseeker na Unsplash
Ninguém sabe exatamente o que causa a depressão em um indivíduo, mas pesquisa indicam que ela pode ser o resultado combinado de diversos fatores, incluindo fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. Por isso é quase impossível prever quem irá sofrer de depressão e quando ela vai lhe afetar.
Os sintomas da depressão podem variar de pessoa para pessoa, em termos de gravidade, frequência e duração, mas alguns dos principais sintomas da doença incluem:
Tristeza persistente, perda de interesse em atividades que antes eram divertidas, alterações significativas no apetite, distúrbios do sono, sentimentos de culpa e inutilidade, dificuldade em pensar, tomar decisões e concentrar-se, agitação e irritabilidade, e sintomas físicos inexplicáveis, como dor de cabeça, dor crônica e distúrbios digestivos.

Foto de Steve Knutson na Unsplash
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estudos mostram que indivíduos desempregados têm maior probabilidade de apresentar problemas de saúde mental, incluindo depressão. Isso é em parte devido ao status social que faz com que pessoas desempregadas sejam menos respeitadas em geral pelo resto da sociedade.

Foto de Alexander Grey na Unsplash
O tratamento para a depressão na verdade varia dependendo da gravidade dos sintomas e das necessidades individuais do paciente. Geralmente, o tratamento envolve uma combinação de terapia psicoterapêutica e, em alguns casos, medicação antidepressiva.
Em outras palavras a terapia por si só pode não ser o suficiente para curar um paciente que sofra de depressão. Inclusive muitos pacientes fazem terapia por anos sem ter melhora alguma, o que na verdade pode fazer eles acharem que sua doença é incurável, fazendo sua depressão piorar ainda mais. Por isso é importante que, quando pacientes acharem que seu terapeuta não está fazendo progresso algum, eles procurem uma segunda opinião profissional.

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Também é bom saber que assim como ninguém realmente sabe o que causa a depressão, ninguém sabe o que "cura" ela, e existem casos onde a depressão aparentemente entrou em remissão sem nenhum tipo de tratamento. Mas, assim como em todos os outros casos, isso não quer dizer que ela não possa voltar após um certo período.
Bom, na verdade o conceito de uma "cura" completa e permanente para a depressão é um assunto muito debatido no campo da saúde mental atualmente. Alguns especialistas acham que a depressão pode sim ser curada, enquanto outros acham que ela apenas pode ser colocada em remissão por longos períodos, mas nunca realmente desaparecendo por completo.

Imagem de domínio público
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 280 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão, incluindo 5% dos adultos do mundo e 5,7% dos idosos com mais de 60 anos. Mas o número real pode ser maior, isso porque muita gente que sofre de depressão se recusa a admitir por medo de parecer "fraco" ou algo do tipo.

Foto de Claudia Wolff na Unsplash
Isso acontece porque, embora hoje em dia a depressão seja uma doença reconhecida por especialistas, antigamente esse não era o caso e quem sofria dela era simplesmente rotulado como "preguiçoso", "melancólico", "inútil", "fraco" e outros termos pejorativos que são usados até hoje.
Mesmo na era moderna muitos locais do mundo ainda tem problemas em reconhecer a depressão como uma doença de verdade, com muitos achando que a pessoa está apenas sendo dramática ou querendo chamar a atenção.
Inclusive vale mencionar que (ainda de acordo com a OMS) nos países de baixo e médio rendimento, 75% das pessoas que sofrem de perturbações mentais não recebem tratamento adequado para elas.

Foto de TopSphere Media na Unsplash
E como nós já dissemos a depressão pode afetar indivíduos de todas as idades, incluindo crianças pequenas. Embora a doença seja mais comumente diagnosticada em adolescentes e adultos, é possível que crianças desde a idade pré-escolar apresentem sintomas depressivos. Pesquisas indicam que a doença pode se manifestar em crianças a partir dos 3 anos de idade.
Mas os sintomas de depressão em crianças pequenas são um pouco diferentes daqueles observados em indivíduos mais velhos. Em vez de expressar sentimentos de tristeza ou desesperança, as crianças mais novas podem apresentar alterações comportamentais, tais como aumento da irritabilidade, distúrbios do sono e diversas queixas físicas (por exemplo, dores de estômago ou de cabeça). Além disso eles podem não querer se distanciar do seus entes queridos nem por curtos períodos de tempo.

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Mesmo assim de "novidade" a doença não tem nada. Os primeiros casos documentados do que hoje reconhecemos como depressão datam de vários séculos atrás. Civilizações antigas, como a antiga Mesopotâmia e o Egito, já tinham descrições de pessoas em estados melancólicos ou desanimados, que se acredita serem semelhantes a sintomas depressivos modernos.
Uma das primeiras referências conhecidas a sintomas depressivos vem Grécia Antiga. Hipócrates, um médico grego do século V a.C., descreveu uma condição chamada "melancolia", que era caracterizada por tristeza, desânimo e falta de interesse pelas atividades. Suas observações lançaram as bases para a compreensão da depressão como uma condição distinta de saúde mental.

Foto de British Library na Unsplash
Mas a doença não era conhecida como depressão nessa época, ela na verdade teve vários nomes com o passar dos séculos:
Melancolia, um termo derivado das palavras gregas "melas" (preto) e "khole" (bile), era comumente usado nos tempos antigos e durante toda a Idade Média para descrever um estado de tristeza ou desânimo prolongado.
Já no final do século XIX e início do século XX, os indivíduos que sofriam o que hoje reconheceríamos como depressão eram frequentemente diagnosticados com "exaustão nervosa". Este termo abrangia vários sintomas como fadiga, mau humor e até ansiedade.
Cunhada pelo médico americano George M. Beard no final do século XIX, o termo "neurastenia" era usado para descrever vários sintomas mentais e físicos, incluindo fadiga, irritabilidade e cansaço mental.
Doença maníaco-depressiva era outro termo usado antes da compreensão moderna dos transtornos de humor. Ele abrangia um espectro mais amplo de condições, incluindo depressão e mania, que hoje sabemos serem coisas distintas.

Foto de domínio público
O crédito por cunhar o termo "depressão" no contexto da saúde mental é frequentemente atribuído ao psiquiatra alemão Emil Kraepelin, que o usou em seu influente livro "Psychiatrie: Ein Lehrbuch für Studierende und Ärzte" publicado em 1899.
Kraepelin usou "estados depressivos" para descrever uma condição caracterizada por tristeza persistente, perda de interesse e outros sintomas associados. Isto marcou o início do uso do termo "depressão" como uma categoria diagnóstica distinta.

Foto de engin akyurt na Unsplash
Na sua forma mais grave, a depressão pode levar ao suicídio e é responsável por pelo menos 850.000 mortes todos os anos segundo o site sciencedaily. O mais importante é que assim que a pessoa comece a notar os sintomas da doença ela procure ajuda professional mesmo se seus relativos mais próximos não acharem que ela precise fazer isso.

Foto de Sydney Sims na Unsplash
Um grande problema é que nem sempre é fácil notar os sintomas em uma pessoa, muitos que sofrem de depressão escondem ela até ser tarde demais. Eles só demonstram os sintomas quando estão sozinhos e até conseguem manter relacionamentos e empregos, eles não aparentam estar doentes de maneira alguma.

Obrigado por ler essa matéria, e lembrando que o Centro de Valorização da Vida existe e você pode sempre ligar pra ele no número 188. Obrigado pelo seu tempo e esperamos te ver por aqui mais vezes!

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